MZBL NO VALOR ECONÔMICO | NO CASO DA AMERICANAS, KPMG E PWC ADOTAM CAMINHOS DIFERENTES

27 de abril de 2023

As “inconsistências contábeis” bilionárias na Americanas trouxeram para os holofotes da mídia não apenas os sócios de referência da varejista, mas também bancos credores e duas das quatro maiores empresas globais de auditoria e consultoria – PwC e KPMG. Ao longo dos últimos anos, as duas se revezaram na função de auditor externo da Americanas e, a partir da divulgação do escândalo, em 11 de janeiro, vêm mantendo a discrição, com raras manifestações a respeito do caso. A postura reservada, no entanto, tem sido questionada por profissionais que acompanham de perto o processo de recuperação judicial da Americanas.

Mesmo se ficar comprovado que as inconsistências contábeis reportadas pela varejista foram resultado de fraude, os auditores externos não são automaticamente responsabilizados na Justiça – é necessário apurar se eles contribuíram de alguma forma para as irregularidades, explica Ana Maria Murbach, especialista da área tributária e de contratos do escritório Marzagão Balaró Advogados.

“[O auditor] sabia e ficou calado? Aí, sim, você pode discutir a responsabilidade dele: o quanto contribuiu para uma determinada fraude se perpetuar”, exemplifica Murbach. Pelas normas brasileiras de contabilidade, a responsabilidade principal pela prevenção e detecção de fraudes é da administração e da área de governança da companhia, e não do auditor.

Veja na íntegra: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/04/27/no-caso-da-americanas-kpmg-e-pwc-adotam-caminhos-diferentes.ghtml